Já passou um mês que eu não passo por aqui, isso é um absurdo. Deixe eu contar então.. Notícias boas são que eu sobrevivi nesse um mês, não olhei mais para a dissertação até duas semanas atrás, voltei para a rotina na clínica e nos frigoríficos e, desde a semana passada, estou brincando de gerenciar um petshop? Por que? Porque a minha vida estava muito sossegada, quase nada para fazer ou resolver, então pensei: um pouco mais de trabalho não faz mal a ninguém. Agora estou trabalhando igual gente grande, de segunda a sábado, das 8 às 18. Sem contar que a clínica que estava acostumada a me pegar de pernas para cima em casa a qualquer dia está tendo que se acostumar a me ver apenas nos plantões e à noite, para ultrassonografias de emergência. Nos horários que estou em casa nem olho para a louça (já não olhava, mas agora eu tenho a desculpa), não tenho mais tanta paciência com meus bichos (idem observação anterior), passo horas escrevendo relatórios, e-mails sem tempo para meus passatempos preferidos, como joguinhos de guerra e campo minado (fala sério!). Orkut e Facebook então? entregues às traças, tive que abandonar os jogos em flash nada viciantes como Colheita Feliz, Café World e Café Mania, que me levaram horas esperando amadurecerem, ficarem prontos... todos foram deletados. O salário é bom e o trabalho não é tão pesado mas esse emprego trouxe para a minha vida algo que eu não esperava mais viver.. horas perdidas esperando o ônibus, dentro dele, e seguindo da parada para o destino. O pet shop é na cidade ao lado então quando eu falo horas eu quero dizer HORAS mesmo. Quando o ônibus está cheio eu não posso mais fingir que estou grávida para conseguir lugar, pois emagreci, e se eu o fizer vou passar apenas por uma magra maluca cara de pau. Ontem eu fui alegremente para a parada do ônibus, levando comigo um maltês de um quilo dentro de uma caixinha de transporte, o pobrezinho está internado comigo nessa semana. Depois de pagar a passagem e querer morrer porque não havia lugar para sentar, uma moça do fundo se levantou e disse: Que coisinha linda... pode sentar aqui senhora, tadinho do cachorrinho tá dodói! Dessa vez a fofura do moribundo me rendeu um lugar, mas, e da próxima?
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